As mudanças de hora: Inverno e Verão

Todos nós já estamos habituados a adiantar e a atrasar os relógios todos os anos, fazendo a mudança para as denominadas hora de Verão e hora de Inverno. Apesar do hábito e da divulgação que é sempre feita, avisando-nos para adiantar e atrasar os relógios, raramente é explicada a razão da mudança. Em Portugal as mudanças de hora estão regulamentadas pelo Decreto-Lei nº 17/96 de 8 de Março, que nos indica que em Portugal continental a hora de Inverno "coincide com o tempo universal coordenado (UTC) no período compreendido entre a 1 hora UTC do último domingo de Outubro e a 1 hora UTC do último domingo de Março seguinte", e a hora de Verão "coincide com o tempo universal coordenado aumentado de sessenta minutos no período compreendido entre a 1 hora UTC do último domingo de Março e a 1 hora UTC do último domingo de Outubro". (Na região Autónoma da Madeira: Decreto Legislativo Regional nº 6/96/M, de 25 de Junho; Na Região Autónoma dos Açores: Decreto Legislativo Regional nº 16/96/A, de 1 de Agosto - ver no OAL).
E porque se muda a hora? Uma das razões invocadas é a poupança de energia eléctrica, uma vez que na mudança para a hora de Verão, com o adiantamento da hora é possível um melhor aproveitamento da luz solar. No entanto, os resultados que se pensavam obter não se verificaram... Para além disso, e segundo o referido Decreto-Lei, existem preocupações com perturbações no sono, principalmente no das crianças, para evitar "repercussões nos ritmos de aprendizagem". Com a alteração das horas, e relativamente ao anterior regime praticado em Portugal, evitam-se também impactes ambientais "resultantes da sobreposição da hora de maior densidade de tráfego rodoviário urbano com os períodos de temperaturas mais elevadas do ano".
A ideia das alterações horárias com a preocupação de um melhor aproveitamento da luz solar surgiu nos EUA, em 1784, quando ainda não existia luz eléctrica (ver na wikipédia).

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